Já está disponível ao público o número 9 da magnífica revista semestral Sinais de Cena, da Associação Portuguesa de Críticos de Teatro, em colaboração com o Centro de Estudos de Teatro da Universidade de Lisboa, e editada pela Campo das Letras. A publicação entra, plena e já há muito imprescindível, nos cinco anos de construção laboriosa de «um espaço de documentação, debate, análise e avaliação do que no campo do teatro – e de outras artes performativas – se vem praticando em Portugal e no resto do mundo».
Para além das rubricas habituais, o número aborda os Prémios da Crítica 2007 com que se celebram espectáculos, autores, actores e projectos portugueses; uns meros “diplomas”, «artefacto modesto», diz Maria Helena Serôdio, que dirige a revista, sobre estes incentivos, mas que são um tributo ao Teatro, que nos enriquece, orgulha e alimenta a esperança nesta arte maior erigida num país que devia fazer mais por ela; como o esplêndido e inefável tributo ao Teatro que é dado por esta revista.
Na capa, os actores Cecília Henriques e Pedro Carracal, em Disco Pigs, dos Artistas Unidos, espectáculo de 2007; no interior, sucedem-se olhares com o rigor e a excelência de sempre nas abordagens do que por cá se leva à cena – nos grandes centros, mas também no interior do país, de lugares «descentrados», donde se distingue o espectáculo «Pax Romana», que tem dramaturgia e encenação de Nuno Pino Custódio, da ESTE - Estação Teatral da Beira Interior, estreado em 2006 no Auditório da Escola Secundária do Fundão, e ainda em exibição.
Na rubrica PASSOS EM VOLTA, titulado «Paz e guerra com humor crítico», o artigo de Maria Helena Serôdio traça as andanças do «Pax Romana» durante estes dois anos, descreve o espectáculo, intercepta-lhe elogiosamente as singularidades, num texto em que a crítica se revela contaminada pela excelência do espectáculo: é «por muitas razões, um trabalho exemplar: de rigor na composição do gesto, movimento e expressão facial; de imaginação delirante na linguagem inventada; de “reconstrução” criativa do vestuário romano (desenho brilhante de Marta Carreiras); de inventiva criação de sonoridades vocais e musicais; de acertadíssimo compasso na ridicularização da guerra e dos “treinos” militares; no jogo magnífico que empreende com os espectadores.».
Noto que, estando tecnicamente ligado à Commedia dell’Arte, o espectáculo esteve, em 2006, em Lisboa, no largo do Castelo de S. Jorge, no ensejo do Festival de Máscaras organizado por Filipe Crawford, e em 2007 no Chapitô, sessões que infelizmente perdi, pelo que aguardo, eu, mas sei que falo por muitos mais, nova “visita” à capital.
Para além das rubricas habituais, o número aborda os Prémios da Crítica 2007 com que se celebram espectáculos, autores, actores e projectos portugueses; uns meros “diplomas”, «artefacto modesto», diz Maria Helena Serôdio, que dirige a revista, sobre estes incentivos, mas que são um tributo ao Teatro, que nos enriquece, orgulha e alimenta a esperança nesta arte maior erigida num país que devia fazer mais por ela; como o esplêndido e inefável tributo ao Teatro que é dado por esta revista.
Na capa, os actores Cecília Henriques e Pedro Carracal, em Disco Pigs, dos Artistas Unidos, espectáculo de 2007; no interior, sucedem-se olhares com o rigor e a excelência de sempre nas abordagens do que por cá se leva à cena – nos grandes centros, mas também no interior do país, de lugares «descentrados», donde se distingue o espectáculo «Pax Romana», que tem dramaturgia e encenação de Nuno Pino Custódio, da ESTE - Estação Teatral da Beira Interior, estreado em 2006 no Auditório da Escola Secundária do Fundão, e ainda em exibição.
Na rubrica PASSOS EM VOLTA, titulado «Paz e guerra com humor crítico», o artigo de Maria Helena Serôdio traça as andanças do «Pax Romana» durante estes dois anos, descreve o espectáculo, intercepta-lhe elogiosamente as singularidades, num texto em que a crítica se revela contaminada pela excelência do espectáculo: é «por muitas razões, um trabalho exemplar: de rigor na composição do gesto, movimento e expressão facial; de imaginação delirante na linguagem inventada; de “reconstrução” criativa do vestuário romano (desenho brilhante de Marta Carreiras); de inventiva criação de sonoridades vocais e musicais; de acertadíssimo compasso na ridicularização da guerra e dos “treinos” militares; no jogo magnífico que empreende com os espectadores.».
Noto que, estando tecnicamente ligado à Commedia dell’Arte, o espectáculo esteve, em 2006, em Lisboa, no largo do Castelo de S. Jorge, no ensejo do Festival de Máscaras organizado por Filipe Crawford, e em 2007 no Chapitô, sessões que infelizmente perdi, pelo que aguardo, eu, mas sei que falo por muitos mais, nova “visita” à capital.
Os Prémios e a crítica
Logo na primeira rubrica, DOSSIÊ TEMÁTICO, encontram-se artigos sobre os galardoados com o Prémio da Crítica do ano 2007, atribuído ex-aequo ao espectáculo «A Tragédia de Júlio César», co-produção do Teatro da Cornocópia e Teatro São Luís, com encenação de Luís Miguel Cintra, e ao espectáculo «Foder e ir às Compras», co-produção da companhia Primeiros Sintomas e Centro Cultural de Belém, com encenação de Gonçalo Amorim. Seguem-se os artigos sobre os galardoados com Menções Especiais atribuídas à actriz Emília Silvestre, ao Projecto PANOS (Palcos novos / Palavras novas) e à Editora Cotovia, pelo magnífico trabalho de edição de dramaturgia.
Das habituais dez rubricas, destaque-se ainda: PORTEFÓLIO, com um olhar sobre «A dramaturgia irlandesa no teatro português: Entre renovações e actualizações», complementada por registos visuais; NA PRIMEIRA PESSOA, com uma extensa entrevista a João Perry, titulada «Viver para poder contar»; EM REDE - UbuWeb (em três movimentos);
ESTUDOS APLICADOS, com magníficos artigos sobre o incontornável dramaturgo Harold Pinter (Humanismo e vitalidade nas peças de Harold Pinter, A "igreja masculina" de Pinter e Realismo e palavra brutal: Harold Pinter no Brasil); NOTÍCIAS DE FORA, com um estudo sobre a marginalidade (O teatro dos Forced Entertainment); LEITURAS, com várias resenhas críticas e uma lista de publicações de Teatro no ano de 2007; ARQUIVO SOLTO, com a nostalgia a encontrar «Uma fábrica de gargalhadas», o antigo Teatro do Ginásio, no Chiado, desde a sua edificação em 1852, passando pelo apogeu no início do século XX, momentos conturbados, o incêndio de 1921 e o fim da vida, nos anos 50, restando-lhe agora a fachada do que é o «Espaço Chiado – Centro Comercial e Cultural Theatro do Gymnasio», que compreende 67 lojas, 28 escritórios e …um Cine Teatro….
© Teresa Sá Couto
Logo na primeira rubrica, DOSSIÊ TEMÁTICO, encontram-se artigos sobre os galardoados com o Prémio da Crítica do ano 2007, atribuído ex-aequo ao espectáculo «A Tragédia de Júlio César», co-produção do Teatro da Cornocópia e Teatro São Luís, com encenação de Luís Miguel Cintra, e ao espectáculo «Foder e ir às Compras», co-produção da companhia Primeiros Sintomas e Centro Cultural de Belém, com encenação de Gonçalo Amorim. Seguem-se os artigos sobre os galardoados com Menções Especiais atribuídas à actriz Emília Silvestre, ao Projecto PANOS (Palcos novos / Palavras novas) e à Editora Cotovia, pelo magnífico trabalho de edição de dramaturgia.
Das habituais dez rubricas, destaque-se ainda: PORTEFÓLIO, com um olhar sobre «A dramaturgia irlandesa no teatro português: Entre renovações e actualizações», complementada por registos visuais; NA PRIMEIRA PESSOA, com uma extensa entrevista a João Perry, titulada «Viver para poder contar»; EM REDE - UbuWeb (em três movimentos);
ESTUDOS APLICADOS, com magníficos artigos sobre o incontornável dramaturgo Harold Pinter (Humanismo e vitalidade nas peças de Harold Pinter, A "igreja masculina" de Pinter e Realismo e palavra brutal: Harold Pinter no Brasil); NOTÍCIAS DE FORA, com um estudo sobre a marginalidade (O teatro dos Forced Entertainment); LEITURAS, com várias resenhas críticas e uma lista de publicações de Teatro no ano de 2007; ARQUIVO SOLTO, com a nostalgia a encontrar «Uma fábrica de gargalhadas», o antigo Teatro do Ginásio, no Chiado, desde a sua edificação em 1852, passando pelo apogeu no início do século XX, momentos conturbados, o incêndio de 1921 e o fim da vida, nos anos 50, restando-lhe agora a fachada do que é o «Espaço Chiado – Centro Comercial e Cultural Theatro do Gymnasio», que compreende 67 lojas, 28 escritórios e …um Cine Teatro….
© Teresa Sá Couto
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