O Romper das Ondas é o título do romance original de Rui Herbon a vir agora para a ribalta. Foi com ele que o escritor arrecadou mais um Prémio Literário, desta vez, o Prémio Literário da Cidade de Almada 2008, entregue na passada sexta-feira, dia 3 de Outubro, no Fórum Municipal Romeu Correia Autor, daquela cidade (à esquerda, fotografia de Rui Herbon na contracapa do seu primeiro romance, o genial «Voar Como os Pássaros, Chorar como as Nuvens (um filme português)».
Com uma obra carismática, de escrita musculada, inquiridora e, por isso, desafiadora, que sacode, incomodamente, os nervos mais esconsos da alma humana, Rui Herbon é uma marca de originalidade na Literatura Portuguesa, e cuja consequência é, claro está, a controvérsia, trazida sempre a lume nestas ocasiões:
na cerimónia de entrega do prémio, a escritora Lídia Jorge justificou a decisão do júri, salientando que a mesma não foi unânime, porque o livro pode suscitar controvérsia, uma vez que tem uma construção muito particular - navegando muitas vezes no sonho e na realidade transfigurada -, mais psicológica do que narrativa, chegando mesmo uma personagem a afirmar "não cheguei a uma cidade, mas a um estado mental".
Acrescentou ainda que se trata de um romance verdadeiramente contemporâneo, abordando o nomadismo e a incomunicabilidade dos seres humanos, e culto, cheio de referências literárias. Concluiu realçando a qualidade da escrita, onde não há verso, mas existe uma transfiguração da realidade em poesia.
Afinal, estas características nomeadas por Lídia Jorge são as que reconhecemos em todos os títulos de Rui Herbon. São as impressões digitais de uma escrita construída num espaço só seu, pelo que é crível que Rui Herbon faça correr muita tinta num futuro próximo e desencadeie leituras apaixonadas; é crível, pois considero que este pequeno país tem leitores exigentes e ávidos de leituras diferentes das que pululam nas prateleiras acessíveis do nosso mercado do livro.
Recordo que Rui Herbon tem publicados três romances: «Voar como os Pássaros, Chorar como as Nuvens (Um Filme Português)», Prémio Eixo-Atlântico de Narrativa Galega e Portuguesa 2002, «Absinto - A Inútil Deambulação da Escrita», Prémio António Paulouro 2004, da cidade Fundão e «Os Girassóis», editado no passado mês de Maio. Tem por publicar o romance «Eterno Retorno», distinguido com o Prémio Afonso Lopes Vieira 2005, da cidade de Leiria, Prémio Orlando Gonçalves 2005, da Amadora, e Menção Honrosa no Prémio Alves Redol 2005, de Vila Franca de Xira.
Com uma obra carismática, de escrita musculada, inquiridora e, por isso, desafiadora, que sacode, incomodamente, os nervos mais esconsos da alma humana, Rui Herbon é uma marca de originalidade na Literatura Portuguesa, e cuja consequência é, claro está, a controvérsia, trazida sempre a lume nestas ocasiões:
na cerimónia de entrega do prémio, a escritora Lídia Jorge justificou a decisão do júri, salientando que a mesma não foi unânime, porque o livro pode suscitar controvérsia, uma vez que tem uma construção muito particular - navegando muitas vezes no sonho e na realidade transfigurada -, mais psicológica do que narrativa, chegando mesmo uma personagem a afirmar "não cheguei a uma cidade, mas a um estado mental".
Acrescentou ainda que se trata de um romance verdadeiramente contemporâneo, abordando o nomadismo e a incomunicabilidade dos seres humanos, e culto, cheio de referências literárias. Concluiu realçando a qualidade da escrita, onde não há verso, mas existe uma transfiguração da realidade em poesia.
Afinal, estas características nomeadas por Lídia Jorge são as que reconhecemos em todos os títulos de Rui Herbon. São as impressões digitais de uma escrita construída num espaço só seu, pelo que é crível que Rui Herbon faça correr muita tinta num futuro próximo e desencadeie leituras apaixonadas; é crível, pois considero que este pequeno país tem leitores exigentes e ávidos de leituras diferentes das que pululam nas prateleiras acessíveis do nosso mercado do livro.
Recordo que Rui Herbon tem publicados três romances: «Voar como os Pássaros, Chorar como as Nuvens (Um Filme Português)», Prémio Eixo-Atlântico de Narrativa Galega e Portuguesa 2002, «Absinto - A Inútil Deambulação da Escrita», Prémio António Paulouro 2004, da cidade Fundão e «Os Girassóis», editado no passado mês de Maio. Tem por publicar o romance «Eterno Retorno», distinguido com o Prémio Afonso Lopes Vieira 2005, da cidade de Leiria, Prémio Orlando Gonçalves 2005, da Amadora, e Menção Honrosa no Prémio Alves Redol 2005, de Vila Franca de Xira.
Versátil e torrencial, Rui Herbon tem ainda por publicar o livro de contos «A Preto e Branco», que lhe valeu, em 2007, o Prémio Nacional de Literatura Lions de Portugal.», e, na escrita para teatro, a peça «Masoch», Prémio Maria Matos 2007 de Dramaturgia, entregue também este ano.
ver, aqui, Entrevista a Rui Herbon
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© Teresa Sá Couto
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