«São altas essas roseiras de mulheres, / inclinadas como sinos, como violinos, dentro / do som», escreveu Herberto Hélder em versos que nos ecoam fortíssimos quando nos detemos nas novas pinturas de Isabel Contreras Botelho.
A pintora, que expõe desde 2003, tem patente no Palácio Galveias, só até dia 01 de Março, a exposição Beautiful Unknown, um conjunto de trabalhos com o tema da mulher. Melhor: um hino à mulher, não a mulher idealizada, mas a mulher real, que molda o seu quotidiano com a matéria opalescente da alma, tudo vertido numa matéria plástica a um mesmo tempo delicada e vigorosa.
«Dediquei esta minha exposição no Palácio Galveias, à figura da Mulher, onde quer que ela esteja, de onde venha e para onde quer que vá… ela com figuras, que mesmo inventadas, eu sei que existem no centro de qualquer realidade!», diz Isabel Botelho sobre estes seus novos trabalhos.
Para os que defendem que a pintura deve apaziguar quem a contempla, encontra nas telas de Isabel Botelho a fidelidade a esse propósito. São belas, estas mulheres, de uma serenidade redonda, misteriosa, sagrada e benigna.
Ou, como diz a pintora, são «Belas as mulheres de Toda a Esperança, no feminino, real e verdadeiro, sem recurso à sofisticação da intelectualidade, virada para qualquer reinvenção do sexo e do seu género. Bela a mulher que o sabe ser, forte, mesmo na aparência das suas fraquezas…»
Para ver ao vivo e conferir o afago que nos chega pelo olhar, para se disseminar por todos os sentidos....
Para ver ao vivo e conferir o afago que nos chega pelo olhar, para se disseminar por todos os sentidos....
© Teresa Sá Couto
5 comentários:
Teresa,
Muito Obrigada pelas suas palavras, mais uma vez, querida "amiga".
Deixo-lhe um beijo cheio de ternura,
Isabel Botelho
Olá, Isabel
Tenho andado atrapalhada com mil trabalhos, mas conto encontrá-la ainda na sua exposição. Já contacto ;)
Beijo grande, mulher de pintura luminosa!
Teresa
Extraordinário, sim senhor! Tenho de me meter à estrada e ir ver essa exposição no fim-de-semana ;-)))
Obrigado, uma vez mais, Teresa, pelos seus olhos sempre abertos!
LS
cheguei tarde ...mas gostei dessas mulheres
Olá Joni. Pois, é dificíl não gostar ;)))
T.
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