quinta-feira, 12 de novembro de 2009

A perdição e a Assírio & Alvim



Pois é. A Assírio & Alvim não se cansa de nos desafiar para os jubilosos caminhos da perdição. No Verão passado foi a Feira do Livro Manuseado, que a editora teve patente na sua livraria da Rua Passos Manuel, nº 67, onde os nossos únicos problemas foram resistir à visita e regressar com um carrego e um sorriso do mesmo quilate.


Agora, no coração do Chiado, na Rua do Carmo, e até 31 de Dezembro, o desafio é o que se segue :
.
Livros mais baratos, livros esgotados, livros impossíveis de encontrar, livros de artista, livros de tiragem limitada, e ainda, postais, cartazes e outras surpresas.

3 comentários:

Pedro disse...

promete
uma mala cheia
a carteira vazia
o sorriso maior
:-)

Teresa disse...

cumprido totalmente. Vai ver..:-)))

Jorge Mesquita disse...

Quando ouço falar da Assírio e Alvim, vem-me à memória Hermínio Monteiro e o poeta Al Berto. Uma dedicatória:

A BALADA DE UM POENTE CARDÍACO


Quando te sentes velho e distante
E já não sentes a criança que choras
Lembra-te do instante
Da memória que namoras
Da coragem que vigoras
E do cansaço que é um fogo amante

Se esperas pela dor do passado
Quando escreves manhãs que anoitecem
Descobres que o corpo fatigado
É uma viagem estranha
Onde todos os passageiros amolecem
E os sonhos são sons que a garganta assanha

Eu sei ouvir o refrão
Do teu coração
Quando a canção
Te nega a razão
E te dá a mão
Mas a viagem profunda
Ao espelho do teu verão
É um sopro que não te afunda
E a certeza do teu serão
É a beleza que abunda
Para além do simples não

Enquanto esperas pelo que não queres
Aprende a olhar o que não vês
Lembra-te do que não preferes
E descobre que há porquês
Em idades que não feres
Que não tocas e que não lês

Quando paras na rua da cidade
Ouves na voz de quem te segue
A pulsação da verdade
E não uma ferida que te negue
O resumo agreste da sanidade
Que é a vida da flor que se persegue.

Mas a viagem é profunda
Ao espelho do teu serão
É um sopro que não te afunda
E a beleza de um senão
É a certeza que abunda
Para além do simples não
Quando a canção
Do teu coração
Te nega a razão
Mas não o refrão
Que te dá a mão.

Oeiras, 12/08/2009 - Jorge Brasil Mesquita
www.comboiodotempo.blogspot.com