sexta-feira, 24 de maio de 2013

"Tempo e Memória" de Albano Martins, no Porto


A Exposição Biobliográfica Tempo e Memória, do Poeta Albano Martins, vai estar patente no Porto, de 25 de Maio a 1 de Junho de 2013, no auditório da Fundação Engenheiro António de Almeida, à Rua Tenente Valadim, número 325. A inauguração está marcada para as 16h00 de dia 25, e estará aberta ao público, de segunda a sexta, entre as 14h30 e as 18h30, e sábado, dia 1 de Junho, entre as 14h30 e as 17h30.

Perto de completar 83 anos (em 24 de Julho próximo), o poeta beirão volta a contar com o carinho da cidade que o acolheu há mais de 40 anos, onde mergulhou raízes, criou amizades e a sua poesia medrou, como o próprio refere no texto Sou um homem do sul, escrito em 2007 e publicado no livro A Palavra Perfeita (ver link). É  nestas quatro décadas que Albano Martins atinge o mundo inscrevendo nele o seu nome entre os grandes poetas universais, tendo poemas traduzidos  em espanhol, catalão, francês, italiano inglês, chinês (cantonense) e japonês; é neste espaço de tempo que traz para língua portuguesa poetas clássicos gregos e latinos, Pablo Neruda, entre tantos outros.
«Relógio: a caixa /dourada onde o tempo /vive aprisionado.», lê-se em Estão Agora Floridas As Magnólias, o mais recente livro de Albano Martins; é da mais pura e dourada filigrana a memória que o poeta nos apresenta nestas exposições.


Recordo que a exposição Albano Martins, Tempo e Memória, onde se narra, com documentação vária, a vida de letras e afectos do poeta, esteve patente no Casino Fundanense, Fundão, de 27 de Outubro a 25 de Novembro de 2012, no ensejo do tributo que lhe foi prestado no Paul (na Casa da Cultura José Marmelo e Silva) e no Fundão.


  (Albano Martins, à esquerda, na Casa da Cultura José Marmelo e Silva e, à direita, pormenor da exposição Tempo e Memória, no Fundão - clicar na imagem para aumentar)

Se a exposição da invicta  recupera a exposição do Fundão, surge, todavia, mais alargada, nomeadamente com a inserção de fotografias, desenhos, pinturas e esculturas de e produzidas por amigos de Albano Martins ao longo dos anos,  marcas de diálogo e cumplicidade na jornada da vida.

Ainda, na Homenagem do Fundão foi lançado o Uma Vida Interior Na Escrita Da Paisagem, um pequeno belo livro editado pela Câmara Municipal, que reúne duas abordagens críticas da obra de Albano Martins, testemunhos, dados biográficos, bibliográficos e fotografias, tudo contributos para o conhecimento do poeta comprometido com o humano.

(à esquerda, livro de testemunhos lançado no Fundão; à direita, Fernando Paulouro, Perfecto Quadrado, Albano Martins e Paulo Fernandes, no Casino Fundanense)

Deixo um extracto do texto inédito de Albano Martins, publicado no Uma Vida Interior Na Escrita da Paisagem:

«[...] foi este chão, o chão da Rascoa, que me deu a seiva, me definiu o ser e moldou o carácter. Dele vêm o sol que percorre a minha poesia e o sangue que sustenta as flores que nela medram e vicejam. Depois  do leite materno, foram os frutos da terra e as águas da Meimoa que me alimentaram a infância. Eles e o vento que por ali passava às vezes a galope, levando consigo as folhas das árvores, a espuma das horas e a poeira dos dias.».

Outras imagens da Homenagem no Paul e no Fundão:




Ver textos meus sobre Albano Martins, AQUI

2 comentários:

Claudia Sousa Dias disse...

que pena eu não viver em Lisboa...

Teresa disse...

mas, no caso, as honras são a norte, Cláudia.... :)